Poluição no Cariri

Rio Salgado em discussão

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'Bacia do Salgado, responsável por 90% do abastecimento de água no Cariri, é atingida por degradação ambiental''.

É com essa citação da matéria apresentada pelo Diário do Nordeste que abordamos um assunto que a cada dia vem preocupando a sociedade cearense, a poluição do Rio Salgado, onde o mesmo abrange uma grande região do Ceará, chegando a desaguar no Rio São Francisco.

Vários projetos tramitam para despoluição do Rio Salgado, onde segundo o Diário do Nordeste, 70 milhões de reais estão sendo investidos pelo governo federal, mas mesmo com todo esse investimento milionário deve-se iniciar pela conscientização da população que permite o depósito de lixo, esgoto e outros poluentes.

''Os trabalhos de despoluição e educação das comunidades são debatidos. Um conjunto de propostas são retiradas de discussões em torno do processo de recuperação da Bacia. Segundo a presidente do Conselho de Desenvolvimento e Integração Regional do Cariri (Condirc), Claire Anne Viana, a importância de se debater a revitalização da Bacia do Salgado leva em consideração todo o processo de degradação que ela tem sofrido ao longo dos anos, inclusive atingindo os novos aqüíferos. Cerca de 90% do abastecimento de água nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha acontece por meio de água subterrânea e essa água é atingida por degradação. Para a presidente, é importante abrir um debate em relação a forma de tratamento desse manancial.''

Segundo o texto acima, a população da região do cariri retira água para seu uso diário através da utilização de poços profundos, mais uma grande preocupação de cientistas é que, os lenções d' água de onde são retirados as águas estão sendo afetados pela poluição do rio salgado, já que o mesmo, sendo de grande porte suas águas alcançam tanto externamente como internamente, sendo que através desse assunto o texto sugere que seja aberto um debate para refletir sobre o tratamento desse manancial.


SANEAMENTO
Municípios não serão beneficiados
O saneamento das cidades da bacia do Rio Salgado não faz parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. A declaração é da Coordenadora do Projeto, Olianeiva Queiroz Odisio, que esteve no Crato, na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, com a finalidade de ouvir as reivindicações do chefe da Área de Proteção Ambiental do Araripe, Jackson Antero, que coordena, no Cariri, um Comitê de Políticas Públicas para Revitalizar a Bacia Hidrográfica do Rio Salgado.

De acordo com Jackson, dos 23 municípios que compõem a bacia, dez deles não possuem saneamento. Crato e Juazeiro, por exemplo, são as duas cidades que mais contribuem para a poluição do Salgado. Metade dos dejetos destas duas cidades é despejada no rio. Ao fazer a advertência, Jackson defende a elaboração de projetos ambientais por parte dos prefeitos para liberação de recursos.

O Secretário das Cidades Joaquim Cartaxo, que também esteve no Cariri, informou que está abrindo licitação, em convênio com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para elaboração de projetos de esgotamento sanitário para as 23 cidades da bacia do salgado. Ainda não foram indicadas as fontes de recursos, mas, segundo Jackson Antero, serão oriundos, provavelmente, do Banco Mundial de Desenvolvimento Social. Na reunião com a coordenadora do Projeto de Revitalização do São Francisco, foi apresentada uma proposta de preservação de um sítio arqueológico em Mauriti.

A chefia da APA pretende incluir a bacia do Salgado no Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (PRSF) com o objetivo de facilitar a liberação de recursos por parte do Ministério da Integração Nacional. Com prazo de execução de 20 anos, as ações estão inseridas no Programa de revitalização de bacias hidrográficas com vulnerabilidade ambiental do Plano Plurianual (2004/2007) e será complementado por outras ações previstas em vários programas federais do PPA. As ações de revitalização são executadas de acordo com as Políticas Nacionais de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e de Saneamento. As ações previstas consistem em obras de saneamento, controle de processos erosivos e recuperação de matas ciliares.
SAIBA MAIS

Bacia do Salgado A Sub-Bacia do Salgado integra a Bacia do Rio Jaguaribe. Encontra-se localizada no sul do Ceará e possui uma área de drenagem de 12.865 km2, o equivalente a 8,5% de seu território, sendo Salgado o principal rio, com 308km de extensão.
Área de abrangência Essa sub-bacia é composta por 23 municípios. Devido à sua abrangência foi dividida em cinco micro-bacias. Apresenta um potencial de acumulação de águas superficiais de 447,41 milhões m3. A gerência tem garantido 30% desse total. São 13 açudes públicos gerenciados pela companhia das águas, que mantém regularizado cerca de 350km de vales perenizados.
Terrenos Os terrenos da Bacia do Salgado são formados por 85% de rochas cristalinas e 15% de sedimentares. Os melhores aqüíferos estão localizados na bacia sedimentar do Araripe, contando os aquicludes de Santana do Cariri e Brejo Santo.


Através de tal matéria, podemos refletir e abordar como é importante a bacia do Rio Salgado para população da região do cariri, e é através disso que abordamos o tema da poluição descontrolada do mesmo.

Sendo assim, esperamos que um manancial de tanta importância seja cada vez menos poluído, e fica a esperança de que as gerações futuras possam ver esse tesouro natural um dia despoluído. 

 
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Lixões são as principais causas no Cariri

Crato  — Técnicos do Ministério da Saúde e da Fundação Araripe estão visitando os pontos de poluição do Cariri com o objetivo de elaborar um relatório sobre as conseqüências dessa poluição na qualidade da água do solo e do ar. Os principais poluentes são os lixões que se espalham nas periferias das cidades sem nenhum controle técnico. A visita dos ambientalistas aos depósitos de entulho faz parte das aulas práticas que estão sendo ministradas para gestores e técnicos das áreas de saúde, meio ambiente, educação e infra-estrutura dos municípios de Crato, Juazeiro do Norte, Jardim, Araripe e Trindade, este último no Estado de Pernambuco.
Os lixões denunciam a pobreza extrema dos catadores de lixo e a absoluta falta de cuidado com a higiene. Homens, mulheres, crianças e animais lutam pela sobrevivência em meio à podridão e aos focos de doenças infecciosas. O lixo hospitalar, que devia ser enterrado, é encontrado a céu aberto. Os catadores aproveitam, inclusive, os restos de comida que sobram dos hospitais, sob o argumento de que a alimentação será destinada aos porcos. O problema vem de longe, desafiando as administrações municipais que defendem a instalação de um aterro sanitário que atenda às cidades de Crato, Juazeiro e Barbalha. O prefeito do Crato, Samuel Araripe, já comprou e terraplanou uma área no Sítio Umari, a 25 quilômetros da cidade. Mas os moradores não aceitam o projeto.
A Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano do Município do Crato está realizando trabalho de sensibilização junto às escolas do Município do Crato, para implementação a partir de novembro do projeto de coleta seletiva de lixo urbano e gerenciamento dos resíduos sólidos.
O projeto levará às ruas agentes caracterizados com um fardamento e terão carros de coleta. Atualmente, a Associação está com uma sede na Avenida Thomaz Osterne. O lixo será encaminhado para o local e separado por categoria. Além de contribuir com a ecologia e a limpeza da cidade, o projeto será uma fonte de renda para as famílias envolvidas, diz Nivaldo.
Várias instituições estão desenvolvendo parcerias. As empresas com responsabilidade social, como os Mercadinhos São Luiz, está adotando a idéia e já incorpora na coleta de caixas de papelão agentes recicladores. Inicialmente a coleta será feita no Centro da cidade. Antes, os comerciantes serão conscientizados da importância do trabalho. Foi firmado convênio com a Universidade Regional do Cariri (Urca) e a Prefeitura Municipal do Crato, pelo qual estudantes estarão em campo, durante oito meses, para desenvolver trabalho de sensibilização junto às comunidades e donas de casa.
Foram selecionados, para isso, 20 estudantes que receberão uma bolsa para desenvolver o projeto. Cinco mil panfletos educativos serão distribuídos junto à comunidade para auxiliar no processo de conscientização.

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JUAZEIRO DO NORTE PODE ESQUENTAR AINDA MAIS ?
 

Os alunos do Terceiro Ano do Ensino Médio da Escola Paraíso sediada na cidade de Juazeiro do Norte, orientados pelo Professor de Geografia João Ludgero, desenvolveram pesquisa para identificar a formação de Ilhas de Calor na cidade de Juazeiro do Norte.Os pesquisadores identificaram que o intenso crescimento populacional da cidade, potencializa a urbanização e o aumento da concentração de pessoas em atividades do terciário e secundário. Esse crescimento populacional seguido de uma urbanização desordenada tem contribuído para o surgimento de um fenômeno climático conhecido como “Ilha de Calor”. Esse tipo de fenômeno é caracterizado pela distribuição espacial do campo de temperatura sobre a cidade que apresenta um máximo, como se fosse uma ilha quente localizada. Alterações da umidade do ar, da precipitação e do vento também estão associadas à presença de ilha de calor urbana.Nas cidades de latitudes tropicais devido à alta intensidade da radiação solar incidente as ilhas de calor urbanas ocorrem durante o dia, agravando a sensação e o desconforto devido à elevação da temperatura e à redução da umidade relativa do ar.A origem das ilhas de calor decorre da presença de edificações e das alterações da paisagem feitas pelo homem nas cidades. A superfície urbana apresenta particularidades em relação à capacidade térmica e densidade dos materiais utilizados: asfalto, concreto, telhas, solo exposto, enfim, uma infinidade de adaptações à vida urbana que acabam favorecendo essa concentração de calor próximo à superfície. Entre as principais causas das ilhas de calor no Juazeiro temos temos:01 - Efeitos da poluição do ar: o efeito de interação entre a radiação e a poluição atmosférica constituída de partículas e de diferentes gases, como os gases do efeito estufa (CO, CO2, O3, hidrocarbonetos, entre outros) provoca alterações locais no balanço de energia e radiação que podem ser associadas à formação das ilhas de calor urbanas. Uma série de reações químicas e fotoquímicas podem ocorrer em ambiente urbano poluído. O aumento da irradiância de onda longa da atmosfera em direção às superfícies urbanas associada ao aumento da concentração dos gases do efeito estufa sobre as cidades (C02, metano) modifica o balanço de energia (radiação e fluxos de calor) da superfície e da atmosfera.02 - Fontes antrópicas de calor: Emissões antrópicas de calor e umidade associadas à queima de combustíveis fósseis, ar condicionado, entre outras podem contribuir em muito para o maior aquecimento urbano.03 - Efeito da redução das áreas verdes: Decréscimo da evapotranspiração pela impermeabilização das superfícies urbanas e redução de áreas verdes na cidade. A reduzida fração de área vegetada em áreas fortemente urbanizadas diminui a extensão das superfícies de evaporação (lagos, rios) e de evapotranspiração (parques, bosques, jardins, bulevares). Assim, as atividades humanas alteram os microclimas urbanos e as condições de conforto ambiental das cidades. A impermeabilização dos solos devido à pavimentação e desvio da água por bueiro e galerias, o que reduz o processo de evaporação e evapotranspiração urbana, modificando o balanço hídrico da superfície urbana podendo aumentar a vulnerabilidade da população a enchentes e deslizamentos de terra.04 - Uso de materiais muito absorvedores da radiação solar (de baixa refletividade): Maior acumulação de calor durante o dia devido às propriedades de absorção pelos materiais utilizados na construção da cidade (ou urbanização) e sua emissão durante o período noturno.Sendo assim os pesquisadores do Colégio Paraíso – Juazeiro do Norte, identificaram como os principais responsáveis pelo aumento da temperatura em Juazeiro do Norte foram: Efeitos da poluição do Ar, Fontes antrópicas de calor e a redução das areas verdes.Diante da tabela abaixo não foi identicado Ilhas de Calor em Juazeiro do Norte, pois as mesmas só ocorrem quando é diagnosticado uma diferença de 7º C de um bairro (central) em relação ao outro (periferia).
BAIRRO HORÁRIO TEMPERATURA DIFERENÇA
Centro 14:00 38,5° C 4,5º C
Novo Juazeiro 14:00 34° C
Centro 14:00 35º C 1,5º C
Lagoa Seca 14:00 33,5º C
Centro 16:00 39º C 3º C
Tiradentes 16:00 36º C
Centro 15:00 38º C 4º C
Aeroporto 15:00 34º C
Percebe-se que as ilhas de calor estão se formando, onde fica ai o alerta para o próximo gestor da cidade administre este crescimento desordenado, preocupando-se em aumentar mais as áreas verdes deste município e planejar melhor o desenvolvimento do sítio urbano deste município, onde implante a agenda 21 do mesmo e consiga congregar crescimento urbano com melhoria da qualidade de vida, pois as ilhas de calor agravam as ondas de calor com conseqüências sobre o aumento da mortalidade de idosos e doentes que apresentem redução em sua capacidade de termorregulação corpórea e de percepção da necessidade corpórea de hidratação (idosos e pacientes com doenças mentais ou de mobilidade).Dentro do próprio centro urbano já é notável uma pequena diferença entre as temperaturas de bairros centrais e bairros residenciais da periferia da cidade.Juazeiro do Norte, que apesar de não ser um centro econômico e de pessoas tão grande quanto cidades como o Rio de Janeiro ou São Paulo, já apresenta sinais visíveis de formação de ilhas de calor principalmente no centro do município.Aproveito para parabenizar meus alunos do Colégio Paraíso, que tanto se esforçaram para fazer existir esta pesquisa pioneira no diagnóstico de Ilhas de Calor. Ressalto ainda a importância de uma pesquisa empírica, onde os alunos tiveram a oportunidade também de perceber a existência da cidade formal e informal, ou seja, onde o poder público de fato atua no município de Juazeiro, podendo ver em locus ao vivo e a cores as grandes disparidades sociais neste imenso centro religioso tão carente de IGUALDADE, E FRATERNIDADE.
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POLUIÇÃO VISUAL NAS AVENIDAS

A propaganda eleitoral já tomou conta das ruas e avenidas das cidades cearenses. Em Juazeiro do Norte, placas e bandeiras viraram motivo de muita reclamação entre os motoristas.
Na Av. Padre Cícero, elas formam um túnel colorido. Esta propaganda eleitoral tem como alvo principal os motoristas. mas a quantidade de placa é tão grande que acaba poluindo, em vez de informar.
No trânsito, as bandeiras também são motivo de queixa. Alguns motoristas afirmam que elas atrapalham a visão, podem provocar acidentes. De acordo com a legislação eleitoral, outdoor, poste, viaduto, nada disso pode mais servir de base para que se cole a propaganda eleitoral. Por isso, os cavaletes tomaram conta das ruas.

 
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POLUIÇÃO SONORA
  A poluição sonora é um problema muito comum que já ocorreu, certamente, na vida de qualquer juazeirense, bem como em qualquer parte do país. O grande barulho das cidades, decorrente do trânsito, de indústrias, motores e principalmente de carros de sons têm perturbado a tranquilidade de muita gente. É comum rapazes desfilarem com seus carros pela cidade com equipamento de som, emitindo ruídos extremamente elevados que perturbam demasiadamente as pessoas, o que parece um comportamento inofensivo desses jovens, gera sérias consequências criminais, de âmbito ambiental, contravenção penal de perturbação da tranquilidade, bem como preocupação à saúde da coletividade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ruídos acima de 70 a 75 decibéis podem causar distúrbios auditivos, levando a uma lenta perda da audição, fenômenos mais frequentes entre a população idosa, que com medo de reclamar do barulho e algazarra, ficam inertes e sofrem os problemas de saúde. A ciência comprovou, através de estudos, os malefícios que o barulho pode causar à saúde tais como, além da perda auditiva, perturbação da saúde mental, redução da capacidade de comunicação e memorização, perda de sono, entre outros, ou seja, um sério gravem qualidade de vida. Hoje em dia esse tipo de comportamento é caracterizado pelo delito da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), com pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa, podendo levar até à prisão em flagrante, com a apreensão do veículo e do equipamento de som, sem prejuízo da multa administrativa que varia entre 5 mil a 5 milhões.

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MAIS UM ANO DE QUEIMADAS CRIMINOSAS NA CHAPADA DO ARARIPE !

A impressionante imagem de Pachelly Jamacaru, denuncia mais um ano de queimadas no sopé da Chapada, no limite da Floresta Nacional do Araripe, dentro do limite da APA do Araripe. São quase 250 anos desta prática criminosa e irracional e, da leniência institucional quanto a isto. No principio o objetivo, no Século XVIII, o motivo era a conquista do território. Hoje, simplesmente especulação imobiliária.
Isto é um crime federal no ambito ambiental, coisa da mais alta gravidade, sujeito às penalidades da lei e inafiançavel. Nossas autoridades, em qualquer das três esferas federadas e o Ministério Público não podem mais ficar mais alheios a esta situação que todos os anos ocorre às nossas vistas imediatasa. Há um mês atrás foi a destruição do Sítio Fundão pelo fogo. E agora? Registramos aqui nossa imensa revolta.